Os alunos do 9º ano “esbaldaram-se” pesquisando no Youtube experiências sobre eletricidade e magnetismo para apresentar à classe nas aulas de Ciências. Afinal, seria a última nota do último bimestre e, de acordo com a professora, obteria nota 10 o trabalho que provocasse admiração da plateia de colegas, do tipo “Ohhh”, “Uau!!!”. Diante de inúmeras possibilidades, o campeão de consulta foi “Manual do Mundo”, de Iberê Thenório, que tem muitas experiências caseiras fáceis, algumas que exigem muito trabalho e outras, quase nenhum.
Individualmente, em duplas ou trios, com ou sem vídeo Youtube, justificando o experimento, as experiências dos alunos foram além da atividade em si. Quando enfrentavam o dilema: “Tem hora que dá certo, tem hora que não dá”, estavam passando pelos mesmos dilemas dos grandes cientistas inventores: se não dá certo, por quê? Esse “Por quê?” gera novas investigações e é assim que a ciência funciona. Outra experiência extra foi descobrir onde e como conseguir ímã. Nessa procura, aprenderam que, dentro da caixa de som, há um grande ímã, o que gerou uma curiosidade: Por que dentro da caixa de som tem ímã? Quem tem irmãos fazendo faculdade de Engenharia Mecânica e Elétrica, pode contar com a “ajuda dos universitários”, os quais os ajudaram com “superímas” (recurso um pouco mais difícil) para conseguir montar um gerador elétrico. Pais cuja profissão está na área de elétricas também ajudaram seus filhos com materiais, para conseguir montar o que viram no Manual do Mundo (Youtube), como tubos antigravidade. Trazer uma panela elétrica e grelhar fatias de calabresa explicando sobre corrente elétrica e seus efeitos, dentre eles, o efeito térmico e também sobre bons e maus condutores, através das peças da panela elétrica foi de deixar com água na boca! Queimar Bombril (palha de aço) para fazer ferrofluido, ou simplesmente encher uma bexiga, esfregar nos cabelos e atrair pedacinhos de papel, explicando eletrização por atrito, por indução ou por contato foram algumas das vivências que certamente ficarão na memória. Brinquedo comprado e guardado em algum canto da casa também se tornou um astro do show, como o relógio digital que funciona com limão.
Diz-se que, quando se experimenta e se ensina, é quando verdadeiramente se aprende. E o aprendizado é um contínuo exercício do ser humano. Portanto, é gratificante para o professor quando o conhecimento extrapola o conteúdo e abre leque para outros e novos porquês.
Infelizmente, poucos experimentos foram registrados em foto, mas os que seguem neste artigo são alguns exemplos: Vinícius B. e o relógio digital que funciona com limão, Ana Gabriela montou máquina de choque (ou jarra de Leyden); Laís e Camila fizeram um eletroscópio e a Isabela Pastori, um gerador elétrico; Vinícius S. mostrou pó de ferro que forma crista; o grupo da Laura A., Marina B. e Marina C. demonstrou a “água que foge do ímã” (assim como o grupo do Pedro, Feelepe e Francisco); a aula sobre eletrização (registrada) é da Camila Cardoso e Maria Julia Pavanello.