A depressão em pessoas bem novas é uma doença que deve ser levada a sério, pois se não for adequadamente tratada pode causar consequências como abuso de drogas e suicídio, que são problemas graves na vida da família.
De acordo com um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a depressão é o principal problema entre os jovens, fator diretamente relacionado ao suicídio. A doença aparece como uma das três maiores causas de morte na faixa etária de dez a 19 anos, juntamente com acidentes de trânsito e o HIV. Na realidade, os sintomas depressivos também são acompanhados de uma tendência a consumir álcool e maconha em excesso, o que aumenta o risco de morte precoce.
Por exemplo, vários comportamentos relacionados à depressão podem ocorrer em algum momento da adolescência. Especialistas esclarecem que é preciso considerar a intensidade e a frequência desses sinais e analisá-los dentro de um contexto mais amplo, avaliando o estado geral do paciente.
No caso de meninos com depressão, é comum a incidência de comportamentos agressivos e violentos, uso de substâncias proibidas, problemas de conduta, desprezo e desdém pelos outros, além de uma constante atitude de desafio. Já nas meninas, é alta a presença de sentimentos de tristeza, ansiedade, tédio, raiva e baixa autoestima.
Segundo a American Psychiatric Association, deve se suspeitar de que existe um quadro depressivo quando o adolescente apresenta durante a maior parte do dia, por pelo menos duas semanas, ao menos cinco desses sintomas: tristeza; diminuição do interesse por atividades; diminuição do apetite, ganho ou perda de peso significativa; agitação ou apatia; pouca capacidade de concentração; insônia ou excesso de sono; cansaço e falta de energia; sentimento exagerado de culpa e ideias suicidas, por exemplo.
É bom lembrar que a ocorrência de apenas um destes comportamentos não quer dizer que há um quadro de depressão. É preciso que vários destes fatores aconteçam, e que um diagnóstico seja feito por um profissional. A depressão na adolescência tem cura se o jovem tiver acompanhamento médico, psicológico, apoio familiar e tomar os remédios receitados.